por: Ivo Herzog
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Censura à Liberdade de Educação
A expulsão da aluna da UNIBAN é um exemplo triste do poder da mídia, onde um fato bizarro toma proporções inimagináveis graças a "liberdade" de imprensa, julgando a pessoa e condenando-a. Inúmeros programas jornalísticos deram enorme destaque ao caso, mostrando-o mais uma vez de uma maneira sensacionalista para "vender" entretenimento ao invés de informação aos seus ouvintes, leitores e telespectadores. Este é o jornalismo na sua pior forma. Este é um dos maus usos da universalização do acesso à informação. A irresponsabilidade. A falta de ética e códigos de conduta profissionais. É também um exemplo incrível do que é a escola hoje em dia que colocada em uma situação inusitada, prefere expurgá-la ao procurar exercer seu papel: o de debater e educar. Ainda há tempo para a UNIBAN. Reflita. Retome seu papel e seja solidária a quem vocês devem ser: seus alunos. Estejam do lado de quem fazem a universidade. E vamos sim banir aqueles que procuram criar histórias mesmo que isto custe a vida de uma pessoa.
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É isso mesmo: em lugar de fazer jornalismo, a mídia se deixa levar pelo lado sensacionalista da notícia. Se realmente houvesse interesse em dar cobertura à vida escolar no país, haveria a divulgação de milhares de expulsões de alunos da rede pública pelos mais variados motivos: recusa dos pais em adquirirem o uniforme ilegalmente vendido nas próprias escolas; não pagamento de taxas ilegais de APM, carteirinhas e outras; reclamações sobre as aulas vagas, o atraso dos professores ou a falta de biblioteca ou sala de informática nas escolas, apesar dos equipamentos existentes. Toda e qualquer reclamação é motivo para expulsão de alunos. E quando o aluno é inteligente demais para aceitar a expulsão e recorre a instâncias superiores, ele é pressionado, ofendido e humilhado até sair da própria escola. Foi o que ocorreu esta semana numa escola de Diadema, quando uma aluna maior de idade acabou pedindo transferência. A boa notícia é que ela não desistiu de estudar, o que acontece em 90% dos casos de perseguição. Leia a notícia no blog http://educaforum.blogspot.com
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