Instituto Vladimir Herzog promove série
de eventos culturais gratuitos em celebração aos 75 anos de nascimento de Vlado
Documentários
políticos da América Latina, concertos multimídia no Auditório do Ibirapuera,
exposição sobre a Anistia e debate internacional sobre Direitos Humanos são
algumas das atrações
De final de Maio a início de Julho, a
cena cultural paulistana recebe eventos gratuitos de cinema, artes gráficas e
música erudita que retratam, de forma artística, o impacto de movimentos
políticos, como a ditadura e o holocausto, na vida da sociedade contemporânea.
A iniciativa é do Instituto Vladimir Herzog, com apoio do Ministério da
Cultura, para celebrar os 75 anos de nascimento de Vlado, jornalista que dá
nome ao Instituto e foi torturado e assassinado em 1975 pela ditadura em São
Paulo. (Agenda completa ao final do texto
ou no site www.vladimirherzog.org).
“Além de ter nesses eventos uma forma
de celebrar o que representa a vida de Vladimir Herzog no cenário político
brasileiro, procuramos reunir atividades gratuitas e culturais que possam
contribuir para a discussão sobre a importância da memória para um povo;
assunto este muito atual e necessário neste momento em que defendemos a
instauração de uma Comissão da Verdade no Brasil”, afirma Ivo Herzog, diretor
executivo do Instituto e filho do jornalista. As diferentes linguagens, de
filmes a concerto, passando por imagens históricas e mesa-redonda sobre os
Direitos Humanos no Brasil, conterão mensagens em favor da democracia,
liberdade, direito dos cidadãos à vida e à justiça e fim da violência.
As atrações têm início com a Mostra de Cinema “Memória e Transformação”
e Exposição de Cartazes sobre a Anistia,
exibidos na Cinemateca Brasileira e, no caso dos filmes, também no CineSESC. Na
abertura desses eventos, em 31 de Maio, será exibido o único documentário
dirigido pelo jornalista Vladimir Herzog, o curta Marimbás (1963) e o filme Tire
diré (1960), de Fernando Birri, mestre do documentarismo argentino, professor
e parceiro de Vlado.
A Mostra Memória e Transformação apresentará 49 documentários produzidos a
partir de 1950 até os dias atuais sobre o cenário sócio-político latino, com
foco em obras que tratam das lutas de resistência às ditaduras militares,
governos totalitários e outras formas de opressão do poder contra o povo,
grupos étnicos ou minorias. Entre os destaques: O Edifício dos Chilenos (Macarena Aguiró, 2010); Vlado, 30 anos depois (João Batista de
Andrade, 2005); Nostalgia da Luz
(Patricio Guzmán, 2010), entre muitos outros. A exibição desse último será em
formato de aula magna seguida de debate com o diretor chileno Patricio Guzmán,
em 8 de Julho.
A exibição dos filmes na Cinemateca
ocorrerá de 19 de Junho a 8 de Julho e no CineSESC, de 29 de Junho a 5 de
Julho. O público também terá a oportunidade de conhecer, na Cinemateca, a Exposição de Cartazes sobre a Anistia,
que conta com 60 expressões artísticas sobre o tema até 8 de Julho.
Outra grande atração gratuita que o
Instituto Vladimir Herzog traz a São Paulo é a cantata “O Diário de Anne Frank”, uma produção musical erudita que
será apresentada pela primeira vez nas Américas na semana do aniversário de
nascimento do jornalista Vladimir Herzog – dias 29 e 30 de Junho e 1º de Julho
no Auditório do Ibirapuera. Será, ainda, a primeira vez em todo o mundo que a
obra, de autoria de Leopoldo Gamberini (1922 – Abril de 2012) e de Otto Frank,
pai de Anne, será apresentada em sua versão integral, com orquestra sinfônica,
coral com 110 cantores, bailarina, solista e muitos recursos audiovisuais para
retratar a história da menina que foi vítima do holocausto da Segunda Guerra
Mundial. Toda a peça será regida pelo maestro brasileiro Martinho Lutero, que
recebeu todo o direcionamento para a execução da cantata diretamente de seu
autor.
Para finalizar a Semana Vladimir
Herzog, em 28 de Junho, o Itaú Cultural recebe a ministra Maria do Rosário, da
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Amérigo
Incalcaterra, representante regional do Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Direitos Humanos para a América do Sul; e Tito Milgram, curador
do Museu Yad Vashem, em Jerusalém (Israel), no Seminário Direito à Verdade e à Memória, mediado por Sérgio Adorno,
diretor do Núcleo de Estudos da Violência da USP. Nesse encontro, serão
compartilhadas as experiências de países latino-americanos no resgate da
memória e justiça aos autores de violências cometidas durante os governos
militares (Amérigo), a percepção judaica sobre o holocausto, pela visão de Milgram
e os movimentos para maior transparência na História recente do Brasil, pela
ministra Maria do Rosário.
A Mostra de Cinema tem patrocínio
exclusivo do BNDES por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e apoio do
Ministério da Cultura. Os demais eventos organizados pelo Instituto Vladimir
Herzog são patrocinados pela Souza Cruz, Camargo Corrêa, Syngenta, Banco Safra
e as fundações Arymax e Carlos Chagas, entidade esta mantenedora do IVH, além
da parceria com a Cinemateca Brasileira, CineSESC e Itaú Cultural.
Confira as atrações:
Ministério
da Cultura e Instituto Vladimir Herzog promovem Mostra de Cinema “Memória e Transformação”
A Mostra de Cinema “Memória e
Transformação: o documentário político na América Latina ontem e hoje”
apresentará, gratuitamente, 49 documentários produzidos a partir dos anos 50
até os dias atuais sobre o cenário sócio-político latino-americano.
A exibição dos filmes na Cinemateca
ocorrerá de 19 de Junho a 8 de Julho e no CineSESC, de 29 de junho a 5 de
julho. O público também terá a oportunidade de conhecer, na Cinemateca, a Exposição de Cartazes sobre a Anistia,
que conta com 60 expressões artísticas sobre o tema até dia 08 de Julho.
Alguns dos filmes que compõem a
mostra:
· Vlado, 30 anos depois, Brasil, João Batista de Andrade
· O Edifício dos Chilenos, Chile, de Macarena Aguiró
· A Ilha, Arquivos de uma tragédia, Guatemala, de Uli Seltzer
· Diário de uma Busca, Brasil,de Flávia Castro
· Nostalgia da Luz, Chile, de Patricio Guzman
· Hércules 56, Brasil, de Silvio Da-Rin
· Utopia e Barbárie, Brasil, de Silvio Tendler
· O Edifício dos Chilenos, Chile, de Macarena Aguiró
· A Ilha, Arquivos de uma tragédia, Guatemala, de Uli Seltzer
· Diário de uma Busca, Brasil,de Flávia Castro
· Nostalgia da Luz, Chile, de Patricio Guzman
· Hércules 56, Brasil, de Silvio Da-Rin
· Utopia e Barbárie, Brasil, de Silvio Tendler
Ainda como parte da Mostra de Cinema,
60 estudantes universitários de Cinema poderão inscrever-se em um curso gratuito com o cineasta chileno
Patricio Guzmán, de 4 a 7 de Julho, que estará em São Paulo especialmente
para o evento e poderá compartilhar suas técnicas com esses alunos. Para
participar, os interessados devem inscrever-se no site do Instituto Vladimir Herzog (www.vladimirherzog.org/mostra), onde
também receberão instruções para a seleção. O encerramento será aberto ao
público, quando Guzmán dará uma aula
magna na Cinemateca com a apresentação de seu documentário Nostalgia da Luz (2010), seguido de
debate sobre a obra.
==Coquetel
de Lançamento
Exibição dos curtas Marimbás (Vladimir Herzog, 1963), Tire diré (Fernando Birri, 1960) e Birri & Vlado (Marina Weis, 2012)
Data: 31 de Maio
Horário: 19h
Local: Cinemateca Brasileira (Largo
Senador Raul Cardoso, 207)
==Exposição
de cartazes sobre a Anistia
De 31 de Maio a 8 de Julho na
Cinemateca Brasileira
== Mostra de
Cinema Memória e Transformação
De 19 de Junho a 8 de Julho na
Cinemateca Brasileira
De 29 de Junho a 5 de Julho no
CineSESC (Rua Augusta, 2075)
== Curso de
Cinema com Patricio Guzmán
Data: 4 a 7 de Julho
Horário: das 16h30 às 20h30
Local: Cinemateca Brasileira (Largo
Senador Raul Cardoso, 207 – São Paulo)
Vagas: limitadas a 60 alunos –
inscrição pelo site www.vladimirherzog.org/mostra
==Aula Magna
com Patricio Guzmán
Data: 8 de Julho
Horário: das 18h às 21h, com a
exibição do filme Nostalgia da Luz,
dirigido pelo cineasta, seguido de debate sobre o tema.
Aberto ao público
Cantata
multimídia O Diário de Anne Frank
no Auditório
do Ibirapuera, com entrada franca
Exibido pela primeira vez nas Américas,
O Diário de Anne Frank vem a São
Paulo a convite do Instituto Vladimir Herzog para celebrar os 75 anos de
nascimento de Vlado. O espetáculo internacional terá apresentações nos dias 29
e 30 de Junho e 1 de Julho no Auditório do Ibirapuera, com entrada franca ao
público. A cantata será regida pelo maestro brasileiro Martinho Lutero Galati,
que comandará cerca de 180 pessoas no palco, entre 110 cantores do Coro Luther
King, a Orquestra Sinfônica de Campinas, o soprano Olga Sober (Saraievo), a
cellista Yuriko Mikami (Japão), a atriz e bailarina Clarisse Abujamra dançando
coreografia de Décio Otero (Ballet Stagium) e Naum Alves de Souza. Além de
música e dramaturgia, conta ainda com efeitos visuais produzidos pelo designer Kiko Farkas.
Será a primeira vez em todo o mundo
que a obra, de autoria de Leopoldo Gamberini (1922 – Abril 2012) e de Otto
Frank, pai de Anne, será apresentada em sua versão integral, com orquestra
sinfônica, coral com 110 cantores, bailarina, solista e muitos recursos
audiovisuais para retratar a história da menina que foi vitimada pelo
holocausto da Segunda Guerra Mundial. Toda a peça será regida pelo maestro
brasileiro Martinho Lutero Galati, que recebeu todo o direcionamento para a
execução da cantata diretamente de seu autor.
Natural de Minas Gerais (Alpercatas),
o maestro Martinho ingressou na música muito jovem. Aos 17 anos, após
experiências na regência de concertos no Teatro Municipal de São Paulo e do
Coro da Juventude Musical de São Paulo, fundou a Rede Cultural Luther King,
onde dirigiu mais de 2000 concertos. Após mais estudos em Buenos Aires, na
Argentina, parte para Moçambique, na África, para um trabalho de pesquisa sobre
música tradicional a serviço da UNESCO. Atualmente, Martinho Lutero Galati é
professor do Instituto de Musicologia de Milão, na Itália, regente da Piccola
Orchestra Sinfônica di Milano e ainda trabalha com teatros na Alemanha e Suíça.
É diretor, até hoje, da Rede Cultural Luther King.
“Tive o imenso prazer de conhecer e
aprender com o senhor Gamberini, que me apresentou toda a peça e seus detalhes
para uma execução completa, adicionando expressões variadas à composição
sinfônica, como dança, canto e recursos eletrônicos que deixam o cenário de
guerra ainda mais realista”, conta o maestro Galati.
A
história da menina Anne será interpretada pela violoncelista Yuriko Mikami e do
soprano Olga Sober (Saraievo). A mulher madura em que ela se transforma nessa
nova narrativa é a atriz e bailarina Clarisse Abujamra, que celebrará a vida
por meio de sua leve dança, coreografada por Décio Otero, fundador do Ballet
Stagium. As vozes do Coro Luther King e a Orquestra Sinfônica de Campinas,
completam o elenco dirigidos cenicamente por Naum Alves de Souza.
“Estamos muito contentes em trazer
essa grande obra ao Brasil, principalmente porque será na celebração dos 75
anos de nascimento de Vlado que a peça será executada pela primeira vez
integralmente, em todo o mundo. A história de Anne Frank se tornou um
verdadeiro símbolo de resistência à violência, que transcende ao período do
nazismo e é mais uma face da História que queremos relembrar em defesa dos
direitos humanos em todas as sociedades e em todos os tempos”, completa Ivo
Herzog.
== Cantata O Diário de Anne Frank
Datas: 29 e 30 de Junho e 1º de Julho
Horários: sexta-feira e sábado, às
21h
Domingo às 19h
Local: Auditório do Ibirapuera –
Parque do Ibirapuera
Entrada: gratuita mediante retirada
de ingressos.
Ficha
técnica:
O Diário
de Anne Frank
Cantata cênica para orquestra
sinfônica, coro e soprano solista.
Compositor: Leopoldo Gamberini (
Itália 1922-2012 )
Coro Luther King
Orquestra Sinfônica de Campinas
Yuriko Mikami (Japão) - violoncelo
Olga Sober (Saraievo) - soprano
M° Martinho Lutero Galati – direção
artística
Clarisse Abujamra – dança e textos
Naum Alves de Souza - cena
Seminário Direito à Verdade e à Memória
Em 28 de Junho o Itaú Cultural recebe o Dr. Marco Antonio Rodrigues Barbosa, presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, Amérigo
Incalcaterra, representante regional do Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Direitos Humanos para a América do Sul, e Tito Milgram, curador
do Museu Yad Vashem, em Jerusalém (Israel), no Seminário Direito à Verdade e à
Memória, mediado por Sérgio Adorno, diretor do Núcleo de Estudos da
Violência da USP. Nesse encontro, serão compartilhadas as experiências de
países latino-americanos no resgate da memória e justiça aos autores de
violências cometidas durante os governos militares (Amérigo), a percepção
judaica sobre o holocausto, pela visão de Milgram e os movimentos para maior
transparência na História recente do Brasil, pela ministra Maria do Rosário.
== Seminário
Direito à Verdade e à Memória
Data: 28 de Junho
Horário:
às 20h
Local:
Itaú Cultural – Avenida Paulista, 149
Entrada
gratuita
Sobre o Instituto Vladimir Herzog:
Criado em 25 de Junho de 2009, o
Instituto Vladimir Herzog tem a missão de contribuir para a reflexão e produção
de informações que garantam o direito à vida e o direito à justiça. Sua
fundação se inspirou na trajetória de vida do jornalista Vladimir Herzog,
assassinado em 1975 pela ditadura, bem como nos principais valores ligados a
essa trajetória: democracia, liberdade e justiça social.
Tendo como bandeira a frase de Herzog
“Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas
contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos
civilizados”, o Instituto é uma OSCIP, organização sem fins lucrativos, com
neutralidade político-partidária.
Mais informações podem ser encontradas no endereço do www.vladimirherzog.org.br.
Mais informações podem ser encontradas no endereço do www.vladimirherzog.org.br.
Twitter: https://twitter.com/vladimirherzog
INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
CDI Comunicação Corporativa
DEUS TENHA MISERICÓRDIA DE MIM, QUE ESTOU NO FIM DAS FORÇAS.
ResponderExcluirONTEM NA VISITA AO BELÉM 1, MEU FILHO ESTAVA AINDA MAIS MAGRO, SEU PÉ CONTINUA QUEBRADO, PRODUTO DA TORTURA QUE RECEBEU DIA 27 DO MÊS PASSADO. OS CASTIGOS NA PRISÃO, SÃO CRUEIS E DESUMANOS, NÓS LEVAMOS COMIDA DE CASA E ELE COMO ESTAVA DE CASTIGO NÃO PODE COMER, E ESSAS COISAS SE A GENTE DENUNCIA PARA A ADMINISTRAÇÃO, FICA AINDA PIOR. O CASTIGO É POR CAUSA DE UMA LÁGRIMA QUE ELE NÃO PODE CONTER QUANDO NOS VIU, LEIS SEVERAS DOS PRÓPRIOS DETENTOS. QUE ALÍ A CRUELDADE MAIOR É DOS DETENTOS JÁ EMBRUTECIDOS PELO SISTEMA CARCERÁRIO INJUSTO
PELO JEITO QUE ELE ESTÁ QUEBRADO IMAGINO O QUANTO APANHOU, E SE CONTINUAR EMAGRECENDO E TENDO PROBLEMAS PULMONAIS NÃO VAI AGUENTAR DORMIR NAQUELE CHÃO FRIO MUITO TEMPO.
AGORA DEPOIS DE TANTO TEMPO FIQUEI SABENDO QUE ELE NÃO ASSALTOU NINGUÉM QUE FOI PEGO NA RUA DE VOLTA PARA CASA E FOI OBRIGADO A CONFESSAR, OU CONFESSAVA OU MORRIA DE APANHAR NA DELEGACIA DE POLÍCIA. Até então eu fiquei perplexa, que ele é um ótimo filho e ser pego assaltando era uma coisa que não entendíamos.CREMILDA ESTELLA TEIXEIRA, MEU FILHO ESTÁ NO cdp BELÉM 1, RAIO 2 CELA 12. Meu telefone 27293404, e celular 5963-8002 ( HOJE É DIA 17 DE JUNHO, O DOMINGO MAIS AMARGO DA MINHA VIDA.
PELO AMOR DE DEUS TENHAM COMPAIXÃO DESTA MÃE E DE SEU FILHO PRESO INOCENTE.
cremildadentrodaescola.wordpress.com
O mais curioso e ver que redes de tv (só uma na verdade...) que apoiaram a Ditadura vem agora se solidarizar com a família de Vlado... É muita cara de pau.
ResponderExcluirNa ficha técnica da cantata falta inserir o nome de Patrizia Zanardi, soprano que interpretou Anne na apresentação do dia 30 de junho. Cuidado gente....
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